TEXTOS
O AMOR É LIVRE... E VOCÊ TAMBÉM!
Toda pessoa em algum momento da vida já se perguntou:
Porque é tão difícil ter um relacionamento saudável, tranquilo e que seja fácil de viver?
Geralmente os relacionamentos são cheios de altos e baixos, de cobranças, de inseguranças, de mágoas mal resolvidas e expectativas frustradas entre outros motivos tão complexos e difíceis que, muitas pessoas chegam em uma fase que jogar a toalha faz mais sentido.
Encontrar outras pessoas disponíveis emocionalmente, interessantes e interessadas, que estejam dispostas a dividir, compreender, ouvir e sobretudo te respeitar, parece que, cada dia que passa, se torna uma tarefa impossível.
Entender como chegamos nesse ponto não é tão difícil.
Vivemos um tempo onde tudo é para ontem e descartável. Vulnerabilidade é confundida com fragilidade, falta confiança em si e nos outros. As pessoas já não sabem mais o que é comprometimento para um objetivo em comum, seja ele qual for. Está todo mundo tão quebrado e com tanto medo de se ferir que oferecer o mínimo se tornou o máximo.
Tudo isso sendo constantemente reforçado pelo senso comum de um coletivo de pessoas que desde que nasceram foram bombardeadas com um conceito dominador, castrador cruel e irreal. Para que possam ser controlados de uma forma tão sutil que nunca contestem ou se oponham a tudo que foi te ensinado como verdade absoluta.
Um bom exemplo é o que foi feito com o amor.
Na novela, nos filmes, na religião e na sociedade como um todo, o amor para ser real, precisa ser caótico. Precisa ser difícil, precisa ser repleto de desafios e tentações, precisa ser único e exclusivo, precisa ser mortal “até que a morte nos separe”. Carrega nas entrelinhas um rancor seboso, um estigma de só os merecedores hão de chegar lá! E que ele não é pra todo mundo. Só para poucos eleitos.
Justamente o amor! Que é o inverso de tudo isso. Ouvi essa frase uma vez e nunca algo fez tanto sentido.
È necessário “limpar o amor” tirar dele toda essa carga perniciosa que ao longo do tempo as pessoas foram ensinadas a viver.
O amor é generoso, é irrestrito!
Ele não é finito e quanto mais você oferece, ainda mais você recebe de volta! Seja ele para quem for, seja ele de que forma seja! Porque o amor é maleável! Ele se adapta! E como um matinho insistindo em sair em uma rachadura no asfalto, o amor não precisa de muito para nascer. Basta você permitir! E isso é um outro ponto importante dentro dessa nossa prosa.
Quanto nos permitimos viver realmente da forma que gostaríamos de viver?
E Por quais motivos deixamos de fazer isso? Pelo medo do julgamento? De quem? Por que?
Acho que a resposta está em um ponto básico: Não somos ensinados a lidar com os nossos sentimentos!
Você nasce, começa a crescer, é jogado no mundo (que já está quebrado não é de hoje) e acaba aprendendo por osmose. Repetindo erros, replicando medos e preconceitos e julgamentos! Essa tirania capitalista de que a gente não pode sentir! Que a gente precisa ter um escudo para tudo e para todos, que não se pode compartilhar porque isso é sinal de fraqueza. Quem é que se beneficia com isso? Certamente não é você.
Se eu posso te dar um conselho, comece a mudança com você mesmo!
Pare para se observar! Permita-se questionar e ter menos verdades absolutas.
Duvide!
Observe como as coisas te afetam e tente identificar o que realmente é seu e o que são conceitos que você apenas replica. Seja mais generoso, com você e com o mundo! Se entregue! Respeite a jornada de aprendizado do outro. Acolha quando possível, entregue sem esperar nada em troca.
Muitas vezes vai parecer um esforço sem sentido, mas na hora que você receber de volta, vai ser uma das melhores experiências da sua vida! Cada pessoa está em um momento e ninguém sabe o que o outro passou ou está passando. Seja gentil! Dessa forma você muda, e você mudando é o primeiro passo para mudar o mundo!
Não que você precise mudar o mundo, mas se você mudar a sua realidade já será um grande passo.
Nem sempre você vai ter todas as respostas, mas como é divertido saber fazer as perguntas!
Não se perca no caminho... não desista do amor (principalmente o próprio!) porque não souberam valorizar o universo que você é ou por ser a opção mais confortável quando você estiver quebrado.
É nessa hora que você vai precisar da sua rede de apoio para te iluminar.
Comece devagar, um passo de cada vez e comece a viver como você realmente gostaria para sua vida. Dessa forma as portas de abrem, você conhecerá novas possibilidades novos caminhos, novas pessoas, novos amores, novos sentidos que antes, talvez, nem fizessem tanto sentido. Se acolha como você faria com outras pessoas!
Seja o seu melhor amigo.
Assim você estará mais preparado (mas não muito porque quando você acha que está começando a entender as coisas vem a vida e muda tudo na prateleira!).
Que você possa vivenciar esse amor ressignificado!
E que você possa espalhar ele também.
Viver de forma plena e intensa é o melhor presente que você poderá se dar na vida.
Escreva novas histórias, não siga a cartilha que insistem em te empurrar goela abaixo.
Divida suas experiências com outras pessoas e tenha mais dúvidas.
A única certeza da vida é a morte!
Esse pode ser o primeiro passo de muitos...e quem você quer ser na história da sua vida?
Figurante ou protagonista? A festa só está começando!
28/03/25
Sobre o autor:
Otto Fluminhan
Curioso pela vida, gosta de ver amor até nos pequenos gestos. Tem muito mais dúvidas do que certezas e acha isso uma característica interessante. Se define como emocionado e tem orgulho disso, mas falha solenemente em se descrever para um pequeno texto como esse.
Talvez um dia melhore essa descrição! Talvez não....
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